O empresário Elon Musk voltou a se envolver no debate político dos Estados Unidos ao publicar uma enquete no X questionando a "remoção de verbas para a execução de ordens federais de desacato judicial", medida incluída no projeto de lei orçamentária em tramitação no Congresso, segundo ele. Para Musk, embora "nominalmente direcionado à deportação de imigrantes ilegais", esse ponto também "permite muitos outros abusos de poder por parte do presidente".
A enquete, ainda em andamento, já recebeu mais de 256 mil votos, com 68,8% dos participantes respondendo que a medida não deveria ser permitida, contra 31,2% a favor. O sul-africano, que tem adotado uma postura cada vez mais crítica em relação ao governo de Donald Trump, sugere que a retirada desses recursos enfraquece a capacidade do Judiciário de impor limites legais ao Executivo e abre espaço para a execução da agenda anti-imigratória do republicano.
Na esteira dos embates públicos entre o CEO da Tesla e o presidente americano, Musk voltou a citar sua enquete do começo de junho sobre a criação de um novo partido de centro nos EUA. Em outra publicação no X, o bilionário reforçou que "80% dos que responderam a enquete votaram por um novo partido" nos EUA. A pesquisa informal do empresário recebeu cerca de 5,6 milhões de votos na rede social.
Nesta terça, 1º, Musk voltou a criticar o projeto de lei orçamentário proposto por Trump, dizendo que a medida aumentará o teto da dívida em um "recorde de US$ 5 trilhões". Mais cedo, de acordo com a Bloomberg, Trump disse que "não sabe" se há a possibilidade de deportar o ex-integrante do governo, mas que "terá que avaliar isso".