INTERNACIONAL

AL e Caribe superam oito milhões de caso em seis meses de pandemia

Há exatamente seis meses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como pandemia: América Latina e Caribe representam a região do mundo que paga o preço mais elevado da atual crise de saúde, com mais de oito milhões de casos e mais de 305

AFP
11/09/2020 às 09:13.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:12

Há exatamente seis meses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como pandemia: América Latina e Caribe representam a região do mundo que paga o preço mais elevado da atual crise de saúde, com mais de oito milhões de casos e mais de 305.000 mortes.

Os números integram o balanço da AFP, elaborado com base nos dados oficiais divulgados pelos países que, certamente, são menores que os reais, devido à impossibilidade de fazer todos os diagnósticos necessários e de se efetuar uma contabilidade exaustiva em certas áreas.

Dentro da América Latina, o Brasil é o país mais afetado, com 4,2 milhões de contágios e quase 130.000 mortos, números superados no mundo apenas pelos Estados Unidos.

Em termos proporcionais, o Peru, com mais de 702.000 casos e 30.000 vítimas fatais, é o país mais afetado do planeta, com a média de 92 mortes para cada 100.000 habitantes.

Em outros países da região, os dados também são desoladores: o México tem 69.095 óbitos e 647.507 casos, enquanto a Colômbia contabiliza 686.851 contágios e 22.053 mortos.

A América Latina registrou um forte aumento de casos e mortes a partir de junho e se tornou a região mais afetada do planeta.

Apesar da crise, alguns países decidiram sair do confinamento. A Guatemala reabrirá todas as fronteiras na próxima semana, apesar do alerta máximo em 59% dos municípios guatemaltecos. De qualquer modo, quem deseja entrar no país, precisa apresentar um certificado de que está livre da doença.

Com 17 milhões de habitantes, a Guatemala tem o balanço 80.306 casos positivos e 2.918 mortes.

Em todo planeta, a pandemia do novo coronavírus matou mais de 910.000 pessoas e infectou 28,2 milhões desde dezembro de 2019.

Em locais onde parecia que o pior da crise já havia sido superado, novos focos preocupantes surgiram. Na Ásia, por exemplo, 80.000 novos casos são registrados diariamente, especialmente na Índia.

Na Espanha, que superou no início da semana meio milhão de infecções, as autoridades decretaram, a partir desta sexta-feira, o isolamento de uma zona da turística cidade de Palma de Mallorca, nas ilhas Baleares, onde vivem mais de 20.000 pessoas. O alerta foi provocado pelo elevado número de novos casos.

Os moradores dos bairros não poderão celebrar reuniões com mais de cinco pessoas. Eles serão autorizados a sair da zona de isolamento para algumas situações específicas, como trabalhar, frequentar a escola, ou ir ao médico.

Na França, o governo contabilizou 9.843 novos casos em 24 horas na quinta-feira, um recorde.

O governo francês será "obrigado a adotar algumas decisões difíceis nos próximos oito, ou 10 dias", advertiu o presidente do Conselho Científico que assessora as autoridades, Jean-François Delfraissy.

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