INTERNACIONAL

Candidato indígena denuncia tentativa de fraude para excluí-lo das urnas no Equador

O líder indígena esquerdista Yaku Pérez, que está travando um duelo acirrado para chegar ao segundo turno no Equador após as eleições de domingo, denunciou na segunda-feira(8) uma suposta tentativa de fraude para excluí-lo das urnas

AFP
09/02/2021 às 10:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 20:39

O líder indígena esquerdista Yaku Pérez, que está travando um duelo acirrado para chegar ao segundo turno no Equador após as eleições de domingo, denunciou na segunda-feira(8) uma suposta tentativa de fraude para excluí-lo das urnas.

"Uma fraude está sendo conspirada (...) para nos impedir de chegar ao segundo turno", programado para 11 de abril, Pérez disse a jornalistas.

O candidato do movimento indígena de 51 anos está lutando voto por voto para chegar ao próximo turno com o ex-banqueiro de direita Guillermo Lasso.

Um dos dois enfrentará Andrés Arauz, candidato do ex-presidente Rafael Correa e que soma 32,29% dos votos com 97,56% dos registros eleitorais apurados.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Pérez fica atrás com 19,80% do apoio, enquanto Lasso obtém 19,60%.

Pérez afirmou que seus votos foram transferidos para outros candidatos em 15 pontos percentuais. Nenhuma autoridade comprovou as irregularidades apontadas pelo candidato.

Mesmo assim, Pérez apontou suas suspeitas de fraude contra Lasso e seus aliados, e contra Correa. "Ele tem pânico de nós entrarmos no segundo turno", disse, referindo-se ao ex-presidente.

A CNE, que em uma contagem rápida deu a Pérez uma leve vantagem sobre Lasso no domingo, está revisando 13,96% dos registros eleitorais para inconsistências, o que atrasou a divulgação dos resultados finais da eleição.

Diante das irregularidades que denuncia, Pérez propôs a abertura das urnas nas três províncias com maior eleitorado, incluindo Pichincha, cuja capital é Quito. "A única maneira de mostrar isso é simples: abrir as urnas", disse ele.

A missão de observadores da OEA apelou à população a "aguardar com calma os resultados, que os atores políticos se comportem com responsabilidade e a CNE a dar garantias de transparência, certeza e segurança jurídica a todos os envolvidos no processo".

Ele acrescentou que "as informações oficiais mostram fortemente a necessidade de um segundo turno eleitoral, com um candidato claro em primeiro lugar e uma estreita margem entre os candidatos que ocupam o segundo e o terceiro lugar".

SP/vel/yow/ap

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