Perito e fotógrafo deixam o hotel levando garrafa plástica e lixinho que serão usados nos exames periciais; corpo foi levado para o IML (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
A polícia de Piracicaba está, desde o início da tarde de terça (29), tentando localizar M.M., de 40 anos, acusado de assassinar a engenheira Laise Vieira de Andrade, de 33 anos, num quarto de hotel da avenida Independência, na região do bairro Alemães.
O crime aconteceu no início da tarde de ontem, num apartamento do segundo andar. A vítima foi encontrada vestida somente da cintura para baixo, com uma garrafa plástica na boca e um lixinho plástico na cabeça. Ao ser tirado, foram notados ferimentos no corpo dela.
Câmeras de segurança do hotel registraram o instante em que ele deixou o prédio, caminhando calmamente, e teria comunicado que Laise estava no quarto e quando ele retornasse iria liberar para a limpeza.
M.M. procurou um advogado que atua na esfera Cível, e de quem é cliente, para comunicar o que havia ocorrido e falou que pretendia se entregar para a polícia. Quando o advogado - que conversou com a Gazeta e pediu que seu nome não fosse divulgado -, terminou de conversar na Delegacia de Defesa da Mulher, ao retornar para falar com o autor, ele já havia deixado o escritório e tomado rumo ignorado.
Porém, dados sobre o carro dele já estão nas mãos das autoridades policiais. A Polícia Militar chegou a ir ao escritório dele, e também em uma chácara, mas não o encontrou. Era de costume dele, segundo apurou a Gazeta, hospedar-se em hotéis, apesar de ter uma residência fixa na região do bairro Nova América.
Desentendimentos
Laize, segundo a polícia, possuía medida protetiva contra o autor, com quem se relacionou durante um ano, mas acabou tendo essa medida revogada porque, em um mês, procurou ele várias vezes. Teve até uma ocorrência de ameaça neste ano, atendida pela Guarda Civil de Piracicaba, em que ele disse ter sido procurado por ela que alegava estar com uma dívida.
Na última vez em que a Guarda Civil atendeu uma ocorrência envolvendo Laize e o autor, ele mostrou para uma das equipes mensagens enviadas por ela em seu celular. Uma pessoa que não quis se identificar falou que M.M. foi guarda-mirim em Piracicaba.
O corpo de Laize foi levado para o Instituto Médico Legal, para exame necroscópico. A perícia apreendeu um celular e outros objetos no quarto do hotel.
Até o fechamento desta edição, o corpo não havia sido liberado ainda e não foi comunicado horário e local do velório, nem do sepultamento. A delegada Olívia Fonseca, da Delegacia de Defesa da Mulher, esteve no local da ocorrência.