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Os avanços médicos para tratar a covid-19

A medicina começa a limitar os tratamentos úteis contra a covid-19, descartando, por exemplo, os antivirais contra o HIV e a hidroxicloroquina, sem ainda ter um remédio eficaz aplicável à maioria dos casos

AFP
15/10/2020 às 12:49.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:36

A medicina começa a limitar os tratamentos úteis contra a covid-19, descartando, por exemplo, os antivirais contra o HIV e a hidroxicloroquina, sem ainda ter um remédio eficaz aplicável à maioria dos casos.

- Dexametasona e outros corticoides.

A dexametasona ajuda a reduzir a mortalidade por covid-19 e, desde setembro, é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Não deve, porém, ser administrada no início da doença, pois reduz as defesas imunológicas.

É por isso que funciona em pacientes nas condições mais graves: ela reduz a aceleração do sistema imunológico - a chamada tempestade de citocinas - responsável por uma inflamação perigosa.

Os demais medicamentos da mesma família, os corticoides, também permitem uma redução de 21% na mortalidade após 28 dias entre os casos mais graves, de acordo com vários estudos publicados em setembro na revista médica Jama.

A OMS recomenda, portanto, o "uso sistemático de corticoides para pacientes em estado grave, ou crítico".

- O remdesivir

Esse antiviral desenvolvido inicialmente contra o ebola reduz um pouco o tempo de recuperação de pacientes hospitalizados (de 15 para 11 dias), segundo estudo publicado pelo New England Journal of Medicine. Mas não reduz a mortalidade.

Vendido pelo laboratório Gilead sob a marca Veklury, o medicamento foi o primeiro a receber em julho autorização condicional no mercado europeu.

Vem sendo, porém, mais usado nos Estados Unidos do que na Europa.

Em 2 de outubro, a EMA indicou que estudará uma ligação potencial entre tomar remdesivir e apresentar "problemas renais agudos".

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