INTERNACIONAL

Poderoso ciclone Amphan atinge Índia e Bangladesh

O ciclone Amphan, o mais potente em duas décadas no Golfo da Bengala, atingiu o leste da Índia nesta quarta-feira (20), causando o caos neste país e no vizinho Bangladesh com chuvas torrenciais e ventos de até 190 km/h

AFP
20/05/2020 às 12:37.
Atualizado em 27/03/2022 às 23:00

O ciclone Amphan, o mais potente em duas décadas no Golfo da Bengala, atingiu o leste da Índia nesta quarta-feira (20), causando o caos neste país e no vizinho Bangladesh com chuvas torrenciais e ventos de até 190 km/h.

Ambos os países evacuaram cerca de três milhões de habitantes antes da chegada do ciclone.

Amphan chegou à terra firme por volta das 18h00 locais (09:30 no horário de Brasília) na fronteira entre Índia e Bangladesh, ao sul da cidade de Calcutá, e seguiu para o interior de Bangladesh.

O saldo provisório é de três mortos, um em Bangladesh e dois na Índia.

Em Calcutá, "as pessoas gritam enquanto as rajadas atravessam a cidade, batendo em portas e janelas", explicou à AFP uma moradora local, Sriparna Bose, professora universitária de 60 anos.

"Nunca vi situação parecida em minha vida", declarou.

Bangladesh ordenou a evacuação de 2,4 milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras baixas. No lado indiano, mais de 650.000 pessoas foram evacuadas em Bengala Ocidental e na região vizinha de Odisha.

Amphan atingiu a categoria 4 de 5 na escala de Saffir Simpson na segunda-feira, com ventos de 200 a 240 km/h e é o ciclone mais poderoso que passou pelo Golfo da Bengala desde 1999. Naquele ano, um ciclone matou 10.000 pessoas em Odisha.

As autoridades indianas e de Bangladesh esperavam enormes danos materiais.

"É uma velocidade de vento devastadora e pode causar destruição em grande escala. Pode arrancar árvores e danificar muitas infraestruturas", afirmou Mrutyunjay Mohapatra, diretor-geral do departamento meteorológico da Índia.

As primeiras imagens mostram centenas de casas feitas de barro completamente destruídas.

Os países da região aprenderam as lições dos outros ciclones devastadores das décadas anteriores. Nos últimos anos, construíram milhares de abrigos para a população e desenvolveram políticas de evacuação rápida.

No entanto, sua tarefa foi dificultada desta vez pela pandemia de COVID-19, já que os deslocamentos da população podem favorecer a propagação do vírus.

Bangladesh abriu mais de 13.000 abrigos anticiclone, quase o triplo do número habitual, para que fiquem menos cheios e, assim, evitem aglomerações.

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