Superação

Primeiro Dia das Mães

Mulher teve seu primeiro filho em maio do ano passado, mas passou a data com ele no hospital

Ana Cristina Andrade
08/05/2022 às 09:34.
Atualizado em 08/05/2022 às 09:34
Dia das mães 2021 foi na UTI (Arquivo Pessoal)

Dia das mães 2021 foi na UTI (Arquivo Pessoal)

Por trás de cada maternidade tem sempre uma história que pode ser de perseverança, fé, amor, felicidade, emoção, e até mesmo de milagre. E foi um milagre o nascimento do pequeno Theodoro, de um ano, filho da escrivã de polícia civil Juliana de Barros Barbosa, 43, e do pintor industrial Zemilton Francisco de Jesus, 44.

Apesar de o menino ter nascido dia 27 de abril do ano passado, esse será o 1º Dia das Mães de Juliana porque, no ano passado, neste dia, ele estava na UTI Neonatal. Aliás, foi nesta data, em 2021, que ela segurou, pela primeira vez, o filho nos braços.

Para homenagear todas as mães a Gazeta traz, no dia de hoje, reportagem especial com mulheres que estão vivendo sua primeira experiência como mãe. Juliana e Zemilton estão juntos há 13 anos.

Em 2016, obesa, com pressão alta, e sem programar, ela ficou grávida. Foi um choque, segundo ela, mas a deixou feliz. Ela procurou o médico, passou a tomar vitamina, mas, com nove semanas, ocorreu um aborto espontâneo.

"Decidi, então, preparar meu organismo para engravidar. Tentei emagrecer e, em 2016, fiz cirurgia bariátrica. Perdi 50 Kg e quando o médico me liberou comecei a me preparar para engravidar novamente", declara.

Em abril de 2020 veio a notícia que Juliaana estava grávida, porém com quatro semanas ocorreu outro aborto. Por estar com 42 anos, ela procurou o médico para ver a possibilidade de uma fertilização.

A resposta foi que o plano de saúde só iria cobrir o procedimento por meio de um provável terceiro aborto. "Tentei de novo e dia 7 de setembro de 2020 descobri que estava grávida de novo, de um mês. “Que alegria”, lembra. 

Teve início o pré-natal e, com o início da pandemia, a futura mamãe continuou trabalhando. Com três meses de gestação, ela pegou Covid-19 e seu pulmão foi afetado por uma pneumonia. 

“Muitas grávidas estavam morrendo e os médicos ainda não sabiam o que fazer. Em 15 dias, fui sete vezes ao Pronto Socorro com a pneumonia e oxigenação muito baixa", relata.

Ela diz que na sétima vez, ao dar entrada na unidade de saúde, exigiu que lhe dessem alguma medicação. O médico mandou chamar o marido dela, o qual disse que ia ministrar o antibiótico, mas, que não garantia a vida do bebê.
"Falei para ele (médico) cuidar de mim porque para meu filho sobreviver eu tinha que estar viva. Foi um desespero, ele queria me internar e eu não deixei. O médico resistiu em me dar o remédio, mas não demorou muito ele acabou cedendo. Foi Deus quem o colocou no meu caminho porque, em 12h, eu já estava melhor", revela.

Juliana trabalhou até o nono mês de gestação, a pressão arterial ia variando e Theodoro nasceu de cesariana, aos oito meses. Por causa do surgimento de uma infecção no líquido amniótico, Juliana teve que ficar oito dias internada e o filho 15 dias na UTI porque nasceu com apenas dois quilos e não sabia mamar.

"Meu presente do Dia das Mães, em 2021, foi carregar meu neném pela primeira vez. No 16º dia de vida ele foi para casa e daí para cá é só alegria. Então, praticamente, esse vai ser o primeiro ano que vou passar com meu filho em casa, em família, com a vovó também. Foi o melhor presente que já ganhei na vida", afirma.

Juliana declara que faz questão, neste dia, de homenagear sua mãe Helenita de Barros Barbosa. "Sem ela eu não teria conseguido", completa. 

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