INTERNACIONAL

Restrições retornam para milhões de pessoas e aumenta a esperança por vacina

Em diversos países do mundo, como Índia, Espanha, Colômbia ou Japão, restrições voltaram a ser adotadas com o aumento do número de casos do novo coronavírus, enquanto a esperança de ter uma vacina nos próximos meses aumenta, graças ao anúncio da empresa americana Moderna

AFP
15/07/2020 às 10:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 23:00

Em diversos países do mundo, como Índia, Espanha, Colômbia ou Japão, restrições voltaram a ser adotadas com o aumento do número de casos do novo coronavírus, enquanto a esperança de ter uma vacina nos próximos meses aumenta, graças ao anúncio da empresa americana Moderna.

Nesta quarta-feira, diversos pontos da Ásia, onde a gestão da pandemia era considerada um exemplo, voltaram a instaurar confinamentos ou medidas de restrição, o que mostra que a COVID-19 segue ameaçando o planeta.

Na Índia, 140 milhões de pessoas, de um total de 1,3 bilhão de habitantes, devem retornar ao confinamento nas regiões de Bangalore (sul) e Bihar (norte). Em Hong Kong, bares, academias e salões de beleza fecharam as portas nesta quarta-feira. A multa para quem não usa a máscara nos transportes públicos é de 650 dólares.

Tóquio, onde vivem 14 milhões de pessoas, está em alerta máximo devido ao aumento de casos, afirmou a governadora da capital japonesa, Yuriko Koike.

Na Espanha, a cidade de Lérida e vários municípios próximos na região da Catalunha (noroeste) voltaram ao confinamento: os moradores só podem sair de casa para para trabalhar, fazer compras, ir ao médico ou caminhar ao lado de pessoas que moram na mesma residência.

Além disso, as autoridades regionais fizeram um apelo para que os moradores evitem sair de casa em três bairros de L"Hospitalet de Llobregat, uma cidade próxima de Barcelona, onde os casos de COVID-19 estão em alta.

Mais de 120 focos de contágio estão ativos atualmente no país, o que levou diversas regiões, como Catalunha, Baleares ou Andaluzia, a reforçar o caráter obrigatório do uso da máscara nas ruas e espaços públicos fechados, sob pena de multa.

A pandemia já matou mais de 578.000 pessoas no mundo e provocou mais de 13,3 milhões de contágios, de acordo com um balanço da AFP a partir de dados oficiais, que podem ser muito inferiores aos dados reais.

Os números são particularmente preocupantes na América Latina, que se aproxima de 3,5 milhões de casos e de 150.000 mortes.

O Brasil, segundo país mais afetado do mundo, concentra metade das mortes e quase dois milhões de contágios. O coronavírus ameaça a organização do carnaval, em fevereiro de 2021: algumas escolas de samba do Rio de Janeiro informaram que não participarão do próximo carnaval se uma vacina para o novo coronavírus não for encontrada e estiver amplamente disponível.

O presidente Jair Bolsonaro, infectado e em quarentena, anunciou que fará um novo teste.

Na Colômbia, 3,5 milhões de pessoas retornaram ao confinamento estrito na segunda-feira devido ao preocupante avanço da epidemia.

O Peru, com mais de 12.000 mortes por coronavírus, suspendeu as primárias obrigatórias, que os partidos organizariam este ano visando as eleições presidenciais de 2021.

Além do impacto humano, o choque econômico provocado pela pandemia na América Latina é alarmante.

Em diversos pontos do Chile aconteceram protestos na madrugada de quarta-feira a favor da retirada antecipada de fundos de pensão que está sendo debatida no Congresso.

Para aliviar a situação econômica de muitos cidadãos, o presidente Sebastián Piñera anunciou uma transferência do equivalente a 630 dólares a trabalhadores ou desempregados afetados pela pandemia, como reforço a um criticado plano de apoio à classe média.

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